Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão.
Sou metal,quem sabe o sopro do dragão."
- Legião Urbana
Olá, amigo treehouser!
Não falei que esse ano teria novidades aqui no blog?
Hoje será a primeira postagem de uma nova seção no Casa na Árvore: Entrevista com Autores!
Nela entrevistarei autores nacionais e nós ficaremos conhecendo um pouco mais deles e de suas obras.
Ainda não sei com que frequência será feita, talvez toda sexta, mas a de hoje será com Renato C. Nonato, autor do livro de ficção Terras Metálicas, publicado em 2012 pela editora Novo Século. Aeeh!
Sinopse do livro:
A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar… Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.
Renato Carajelescov Nonato nasceu em 1987, em Rudge Ramos. Tem na leitura e na escrita uma paixão desde que aprendeu a ler. Engenheiro Químico, com mestrado em Engenharia de Materiais, atualmente divide sua paixão pela escrita com o doutorado em Engenharia Química.
Em primeiro lugar, obrigado, Renato, por nos conceder essa entrevista.
Logo de cara, já somos atraídos pela capa impactante. Que participação
você teve nela?
Foram várias idas e vindas até acertar a capa. Eu tinha, a princípio, a
ideia de fazer um Tashi (uma das mascotes do livro), mas no fim acabou ficando
uma coisa dual, a esfera da capa pode ser tanto o Tashi quanto a própria
Esfera.
Hum, legal. Terras Metálica é seu primeiro livro publicado. O que
lhe motivou a decidir escrever um livro?
Sempre gostei de escrever. Quando era pequeno, fazia gibis e coisas do
tipo, aos poucos passei para contos e depois para o livro foi um pulo.
Ah, comigo foi parecido. Alguma vez antes você já havia tentado publicar um livro?
Nunca! Sou marinheiro de primeiríssima viagem, mas estou gostando
bastante da experiência!
É bom, né? Além de escritor, você também é engenheiro químico. Como seus
conhecimentos na área lhe influenciaram no desenvolvimento de sua ficção?
Digamos que algumas aulas da Academia foram bem parecidas com algumas
aulas que tive na faculdade.
Tô tentando imaginar. E como era sua programação para escrever?
Eu primeiro faço uma espinha dorsal da história, só para ir me guiando e não deixar a história ir para algum rumo completamente aleatório (acredite, isso acontece um bocado). Depois é só ir enchendo pouco a pouco cada capítulo. Escrever para mim é um hobby então a gente sempre acha um tempinho.
Eu primeiro faço uma espinha dorsal da história, só para ir me guiando e não deixar a história ir para algum rumo completamente aleatório (acredite, isso acontece um bocado). Depois é só ir enchendo pouco a pouco cada capítulo. Escrever para mim é um hobby então a gente sempre acha um tempinho.
Ah, então você é um escritor do Tipo Planejador. É verdade, às vezes a história nos leva para onde nem imaginávamos. Desde que foi lançado, Terras Metálicas tem recebido muitas
criticas positivas. Porém, nós, autores, sabemos que uma boa história não nasce
da noite pro dia. O que você achou mais difícil ao elaborar sua história?
Sem dúvida entrelaçar todos os acontecimentos. Num livro de 600 páginas qualquer erro pode ser fatal e o público não perdoa. Pelo menos até agora ninguém achou nada ^^
Sem dúvida entrelaçar todos os acontecimentos. Num livro de 600 páginas qualquer erro pode ser fatal e o público não perdoa. Pelo menos até agora ninguém achou nada ^^
Parabéns. Falando nisso, todo escritor, cedo ou tarde, passa pelo "mal da folha branca", que é quando a gente fica encarando a tela do computador sem saber qual a próxima palavra a digitar. Conta pra gente: como você conseguiu escrever mais de 600 páginas?
Não sofri desse mal em Terras Metálicas. Até por que, a princípio, a história era para ser um conto de 10 páginas, mas ela acabou saindo do controle!
=O Impressionante! No nosso país, há muitos aspirantes a escritores, mas nem sempre suas obras
conseguem ser publicadas. Você enfrentou algum grande obstáculo para publicar
sua obra?
Muitas vezes se confunde imprimir o livro com publicar. Imprimir
livros é fácil, há editoras que fazem isso. Mas publicar é algo muito mais
profundo, envolve um bom trabalho de revisão, diagramação, gasto com capas,
material para o livro e, mais importante, divulgação e espaço em livrarias.
Encontrar uma editora que de fato publica-se o Terras Metálicas foi o mais
complicado.
Quase 2000 leitores já adicionaram seu livro no skoob. Pelo seu site, vemos que você tem
um grande carinho e apreço pelos seus leitores. Como você se sentiu ao ver
seu livro finalmente publicado, tipo, no dia de lançamento? Já havia passado
por sua cabeça chegar tão longe assim?
A ficha demorou muuuito para cair! Quando comecei a escrever meu primeiro
livro nunca passou pela minha cabeça publicá-lo efetivamente, então estar na
noite de lançamento e encontrar pessoas que literalmente viajaram para chegar
ali foi indescritível.
É uma emoção, hein? Para criar seus personagens, a maior parte adolescentes, em quem você se
baseou? Ou foi tudo da sua mente mesmo? Há alguma relação no
desenvolvimento deles com você mesmo?
Eu tentei criar um grupo que se completasse. Desde o Ângelo todo
certinho até a Raquel mais impulsiva, passando pelo medroso Tales, pela
confidente Camila e pela séria Isabela. Isso sem contar os tashis de cada
personagem. Acho que coloquei um pouco de mim em cada um deles (se bem que não
podia ser diferente já que eles saíram da minha cabeça :P)
*risos* Criar um universo tão grande, cheio de tecnologias e habilidades, com
certeza não é fácil. Das habilidades que você abordou no livro, a que mais
gostei foi a Túneis. Algum autor ou livro em especial que lhe
influenciou na escrita de Terras Metálicas?
Sendo as habilidades frutos de tecnologias humanas eu pensei em
coisas que seriam úteis no dia a dia. Quem não queria esticar a mão e fazer o
controle remoto vir até você como um Túnel? Ou se refrescar com o poder do
pensamento como um Sibério? Ou ler mentes como Antenas? Ou não ter problemas em
ficar doente como um Bio? Acho que deu para entender.
Você tem algum gênero literário favorito? Acho que já posso imaginar...
Sou fã incondicional do combo ficção/fantasia/terror. Quanto mais
maluca a história mais inclinado eu estou a
gostar dela.
Então acertei a primeira. Atualmente está escrevendo alguma outra obra?
Várias! Mas vou ficar quietinho, quem sabe não apareçam novidades?
;D Para encerrar, você tem algum hobby que gostaria de nos contar?
Além de escrever? Sou fã de artes marciais. Apesar de estar meio
afastado do meio, pretendo voltar em breve. ^^
Então, tá aí, gente, essa foi nossa primeira entrevista do quadro.
Parabéns para o Renato e sucesso pra suas obras. Até a próxima, galera!
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